Parabéns Sr Elizeu!
Homenageamos nesta data tão queria o Sr Elizeu, alunos mais idoso do PMEA de nossa escola. Continue sendo este exemplo para todos nós.
Ao Mestre com Carinho
Confiram a entrevista com a professora Crisolina para o site Ao Mestre com Carinho.
Nome: Crisolina Alves Naques
Idade: eu não tenho idade, eu tenho vida!
Cidade: Uberlândia/MG
Professora de: Sou professora do Projeto Convivência no turno matutino, para as turmas dos 6º anos, porém algumas das atividades desenvolvidas atingem aos alunos da escola do 1º ao 9º anos, no turno vespertino sou professora regente do 5º ano em uma sala que também faz parte do projeto Convivência, onde temos dois alunos DA (Deficientes Auditivos).
Escola em que leciona: Escola Municipal Professora Cecy Cardoso Porfírio
PROFISSÃO
Por que você escolheu a profissão “professor”?
Por achar gratificante cada descoberta que leva o aluno a novos rumos, por mais que a profissão seja desvalorizada é compensador partir da realidade do aluno e vê-lo crescer rumo à compreensão deste saber, cada vitória, cada nova descoberta tem a sensação do dever cumprido para o professor. Isso nos dá força para usarmos com criatividade novas metodologias que despertem a aprendizagem prazerosa buscando uma educação de qualidade.
Há quanto tempo atua na área? Gosta do que faz? Por quê?
Conclui o 2º grau em 1982 e aos poucos comecei a lecionar até que não parei mais. Desde que decidi pelo curso do Magistério busquei trabalhar em prol de algo que amo fazer, lecionar por amor e com prazer no que faço, trabalhei em escolas estaduais, em cooperativa escolar no SESI, na educação infantil, no ensino fundamental, de berçário ao 9º ano já lecionei em todas as séries, atualmente sou professora na Escola Municipal Professora Cecy Cardoso Porfírio em Uberlândia/MG. Procuro fazer sempre o melhor, o meu possível para uma educação de qualidade, participo de todas as formações continuadas possíveis e sei que ainda tenho muito a aprender, estudar é meu vicio, porque trabalho para formar cidadão que merece todo meu respeito, amor e dedicação.
O que há de melhor em sua profissão? E pior?
De melhor posso destacar a satisfação de ver o brilho nos olhinhos dos alunos ao saciar suas necessidades, vencendo suas dificuldades, compreendendo o processo ensino/aprendizagem e vencendo as barreiras que lhe impedem de crescer, perceber que ministrei uma aula prazerosa, sentir em uma reunião de pais que enquanto professor consegui fazê-los refletir sobre o relacionamento pais e filhos, escola e família em prol do aluno.
De pior posso destacar a falta de materiais adequados, de profissionais qualificados para a real inclusão, uma inclusão de fato ainda está distante e enquanto profissional da educação vejo a necessidade, por exemplo, nas escolas públicas onde são matriculados alunos DA (Deficientes Auditivos) deveria haver aulas de libras (Língua Brasileira de sinais) em todas as séries fazendo parte do currículo destas escolas como matéria obrigatória para que todos entendessem e soubessem se comunicar com tais alunos, assim eles realmente estariam sendo incluídos e tendo condições de entender e se fazer entender a todos e por todos, quando as necessidades dos alunos especiais passarem a ser atendidas de forma a atingir a todos do grupo de vivência e convivência aí sim, estaremos vivendo a inclusão de fato, deixaremos de ver alunos especiais sendo excluídos por falta de conhecimento e entendimento.
Como você vê a profissão daqui a 20 anos?
Sou apaixonada pela educação e como tal espero verdadeiramente que os inúmeros problemas existentes sejam minimizados neste período, mesmo porque nossos alunos estão cada vez mais críticos e isto é muito bom, porém espero mesmo que os olhares para a educação de qualidade sejam reforçados e que os profissionais realmente recebam capacitações que os tornem mediadores capazes e qualificados para receber seus alunos respeitando a diversidade cultural e compreendendo suas diferenças, que consigam estar preparados para trabalhar estas diferenças, com o devido reconhecimento e valorização. No entanto, me preocupo muito com o destino de crianças e adolescentes que estamos perdendo em tenra idade por conta da violência, do uso indevido de drogas, da gravidez indesejada, são tantos fatores que nos fazem morrer um pouco cada vez que somos obrigadas pelas ações do destino a visitar a família em velório de aluno, ou ex-aluno que parte tão cedo deixando em luto profundo em nossos corações por ações que muitas vezes nos parecem inconsequentes, mas quem somos nós para julgar? Espero mesmo que neste período mães não precisem mais passar pela dor desta mudança da ordem natural da vida.
Houve algum fato marcante em sua carreira que você gostaria de contar?
Ao buscar conhecer a realidade e bagagem do aluno, descobrir a vivência de diversas situações de seu cotidiano, tais como: situação em que aluno reclama de abuso sexual ou estupro ocorrido em seu rol de vivência e convivência, baixa estima, crianças que se sentem desprezadas por todos inclusive por familiares, questões sociais, diversidade cultural: convivência com alunos ciganos. Com alunos especiais: compreender sua realidade e principalmente a necessidade de entender sua linguagem, detectar e resolver diversas situações de prática do bullying por meio de dinâmicas diferenciadas.
O que você considera ser seu diferencial na sala de aula?
A conquista do respeito e confiança em qualquer relação é primordial, quando se trata do relacionamento professor/aluno é imprescindível explorar a afetividade, lembrando que o professor que espera ser respeitado deve respeitar primeiro para posteriormente exigir o respeito, tendo em vista que a aprendizagem só acontece quando prazerosa, não acredito em educação com dor, aquela que passa a ser sacrificante ao aluno, sendo que, tudo que nos causa sofrimento traumatiza e impede o desenvolvimento em suas diversas áreas.
Qual conselho você daria para um professor em início de carreira?
Bom, eu diria para que jamais se esquecesse de que está formando cidadão critico e autônomo, sendo assim respeite suas diferenças e individualidades, porém nunca deixe de exercer a mediação da aprendizagem com criatividade, o lúdico é uma ferramenta infalível para tornar a aprendizagem prazerosa, busque sempre cursos de atualização profissional, pois não dá para acompanhar a evolução hoje em dia sem se capacitar continuamente, parta sempre da realidade do aluno e nunca despreze seus anseios, contextualize seus assuntos e valorize voltando para o conteúdo a ser ministrado, assim ele aprenderá com maior facilidade e você alcança seus objetivos propostos.
O que você diria para os professores que acessam o site Ao Mestre com Carinho?
Eu lhes dedicaria com muito carinho este texto.
O que você diria para os alunos que leem o site? Algum conselho?
A vocês alunos só posso dizer que dou graças por serem especiais na condição de cidadãos, vocês são a razão maior da luta travada por um professor, nossas vitórias estão em suas vitórias e realizações nesta vida, a cada formatura de alunos que são encaminhados ao campo de trabalho, ao vê-los tomando as rédeas de suas vidas, lá está camuflado o resultado de nossas lutas, suas conquistas são as nossas recompensas, afinal, quando foi que o médico, o advogado, o engenheiro e todas outras profissões foram alfabetizados? Quantos passam por bancos escolares enquanto nossos alunos e posteriormente aquelas mesmas mãozinhas que ensinamos a ler e escrever se encontram a cuidar de nossas vidas? Formamos o futuro profissional, hoje cuidamos de ti, amanhã cuidarás de mim. Acredito em suas capacidades, vocês alunos são o meu melhor.
Nome: Crisolina Alves Naques
Idade: eu não tenho idade, eu tenho vida!
Cidade: Uberlândia/MG
Professora de: Sou professora do Projeto Convivência no turno matutino, para as turmas dos 6º anos, porém algumas das atividades desenvolvidas atingem aos alunos da escola do 1º ao 9º anos, no turno vespertino sou professora regente do 5º ano em uma sala que também faz parte do projeto Convivência, onde temos dois alunos DA (Deficientes Auditivos).
Escola em que leciona: Escola Municipal Professora Cecy Cardoso Porfírio
PROFISSÃO
Por que você escolheu a profissão “professor”?
Por achar gratificante cada descoberta que leva o aluno a novos rumos, por mais que a profissão seja desvalorizada é compensador partir da realidade do aluno e vê-lo crescer rumo à compreensão deste saber, cada vitória, cada nova descoberta tem a sensação do dever cumprido para o professor. Isso nos dá força para usarmos com criatividade novas metodologias que despertem a aprendizagem prazerosa buscando uma educação de qualidade.
Há quanto tempo atua na área? Gosta do que faz? Por quê?
Conclui o 2º grau em 1982 e aos poucos comecei a lecionar até que não parei mais. Desde que decidi pelo curso do Magistério busquei trabalhar em prol de algo que amo fazer, lecionar por amor e com prazer no que faço, trabalhei em escolas estaduais, em cooperativa escolar no SESI, na educação infantil, no ensino fundamental, de berçário ao 9º ano já lecionei em todas as séries, atualmente sou professora na Escola Municipal Professora Cecy Cardoso Porfírio em Uberlândia/MG. Procuro fazer sempre o melhor, o meu possível para uma educação de qualidade, participo de todas as formações continuadas possíveis e sei que ainda tenho muito a aprender, estudar é meu vicio, porque trabalho para formar cidadão que merece todo meu respeito, amor e dedicação.
O que há de melhor em sua profissão? E pior?
De melhor posso destacar a satisfação de ver o brilho nos olhinhos dos alunos ao saciar suas necessidades, vencendo suas dificuldades, compreendendo o processo ensino/aprendizagem e vencendo as barreiras que lhe impedem de crescer, perceber que ministrei uma aula prazerosa, sentir em uma reunião de pais que enquanto professor consegui fazê-los refletir sobre o relacionamento pais e filhos, escola e família em prol do aluno.
De pior posso destacar a falta de materiais adequados, de profissionais qualificados para a real inclusão, uma inclusão de fato ainda está distante e enquanto profissional da educação vejo a necessidade, por exemplo, nas escolas públicas onde são matriculados alunos DA (Deficientes Auditivos) deveria haver aulas de libras (Língua Brasileira de sinais) em todas as séries fazendo parte do currículo destas escolas como matéria obrigatória para que todos entendessem e soubessem se comunicar com tais alunos, assim eles realmente estariam sendo incluídos e tendo condições de entender e se fazer entender a todos e por todos, quando as necessidades dos alunos especiais passarem a ser atendidas de forma a atingir a todos do grupo de vivência e convivência aí sim, estaremos vivendo a inclusão de fato, deixaremos de ver alunos especiais sendo excluídos por falta de conhecimento e entendimento.
Como você vê a profissão daqui a 20 anos?
Sou apaixonada pela educação e como tal espero verdadeiramente que os inúmeros problemas existentes sejam minimizados neste período, mesmo porque nossos alunos estão cada vez mais críticos e isto é muito bom, porém espero mesmo que os olhares para a educação de qualidade sejam reforçados e que os profissionais realmente recebam capacitações que os tornem mediadores capazes e qualificados para receber seus alunos respeitando a diversidade cultural e compreendendo suas diferenças, que consigam estar preparados para trabalhar estas diferenças, com o devido reconhecimento e valorização. No entanto, me preocupo muito com o destino de crianças e adolescentes que estamos perdendo em tenra idade por conta da violência, do uso indevido de drogas, da gravidez indesejada, são tantos fatores que nos fazem morrer um pouco cada vez que somos obrigadas pelas ações do destino a visitar a família em velório de aluno, ou ex-aluno que parte tão cedo deixando em luto profundo em nossos corações por ações que muitas vezes nos parecem inconsequentes, mas quem somos nós para julgar? Espero mesmo que neste período mães não precisem mais passar pela dor desta mudança da ordem natural da vida.
Houve algum fato marcante em sua carreira que você gostaria de contar?
Ao buscar conhecer a realidade e bagagem do aluno, descobrir a vivência de diversas situações de seu cotidiano, tais como: situação em que aluno reclama de abuso sexual ou estupro ocorrido em seu rol de vivência e convivência, baixa estima, crianças que se sentem desprezadas por todos inclusive por familiares, questões sociais, diversidade cultural: convivência com alunos ciganos. Com alunos especiais: compreender sua realidade e principalmente a necessidade de entender sua linguagem, detectar e resolver diversas situações de prática do bullying por meio de dinâmicas diferenciadas.
O que você considera ser seu diferencial na sala de aula?
A conquista do respeito e confiança em qualquer relação é primordial, quando se trata do relacionamento professor/aluno é imprescindível explorar a afetividade, lembrando que o professor que espera ser respeitado deve respeitar primeiro para posteriormente exigir o respeito, tendo em vista que a aprendizagem só acontece quando prazerosa, não acredito em educação com dor, aquela que passa a ser sacrificante ao aluno, sendo que, tudo que nos causa sofrimento traumatiza e impede o desenvolvimento em suas diversas áreas.
Qual conselho você daria para um professor em início de carreira?
Bom, eu diria para que jamais se esquecesse de que está formando cidadão critico e autônomo, sendo assim respeite suas diferenças e individualidades, porém nunca deixe de exercer a mediação da aprendizagem com criatividade, o lúdico é uma ferramenta infalível para tornar a aprendizagem prazerosa, busque sempre cursos de atualização profissional, pois não dá para acompanhar a evolução hoje em dia sem se capacitar continuamente, parta sempre da realidade do aluno e nunca despreze seus anseios, contextualize seus assuntos e valorize voltando para o conteúdo a ser ministrado, assim ele aprenderá com maior facilidade e você alcança seus objetivos propostos.
O que você diria para os professores que acessam o site Ao Mestre com Carinho?
Eu lhes dedicaria com muito carinho este texto.
O que você diria para os alunos que leem o site? Algum conselho?
A vocês alunos só posso dizer que dou graças por serem especiais na condição de cidadãos, vocês são a razão maior da luta travada por um professor, nossas vitórias estão em suas vitórias e realizações nesta vida, a cada formatura de alunos que são encaminhados ao campo de trabalho, ao vê-los tomando as rédeas de suas vidas, lá está camuflado o resultado de nossas lutas, suas conquistas são as nossas recompensas, afinal, quando foi que o médico, o advogado, o engenheiro e todas outras profissões foram alfabetizados? Quantos passam por bancos escolares enquanto nossos alunos e posteriormente aquelas mesmas mãozinhas que ensinamos a ler e escrever se encontram a cuidar de nossas vidas? Formamos o futuro profissional, hoje cuidamos de ti, amanhã cuidarás de mim. Acredito em suas capacidades, vocês alunos são o meu melhor.
Você foi escolhido por ter participado da Semana do Professor 2009. Existe algum outro motivo pelo qual mereça ser o Professor da Semana?
Verdadeiramente amo minha profissão, sinto-me honrada por estar aqui me comunicando com vocês, mas ainda tenho muito a aprender, acredito que a primeira aprendizagem foi aprender a respirar e a última será quando tiver que aprender a deixar de respirar, assim sou um grão de areia neste imenso deserto que permeia o mundo da educação.
VIDA PESSOAL
Você tem algum hobbie? Qual?
Sim. Ler um bom livro, ver filmes e adoro malhar.
Quando não está na escola ou preparando aulas, o que você gosta de fazer?
Amo estar com minha família, reunir com amigos, conversar e trocar ideias, ir ao cinema.
Assinar:
Postagens (Atom)